Manchas Pela Pele Ressecada

No momento em que eu era moça eu não me sentia nada representada por ser branca e cacheada. Na minha turma só tinha uma garota cacheada e também mim, ela tinha cachos mais instituídos e bem cuidados. Nos anos 80 não me lembro de se tratar nada a respeito notabilidade, mas vendo as coisas como são hoje eu noto que eu sentia falta de certas coisas.

“Desde que eu tinha desejo própria quase não teve foto da infância de cabelo solto”. Sentia inexistência de dado sobre isso como tomar conta dos cachos como existe hoje no youtube, sentia inexistência da diversidade e particularidade de produtos que existem hoje e sentia falta de enxergar por todo lugar mulheres fantásticas e cacheadas. Eu não me sentia representada no meu recinto, nas revistas, no mundo que me cercava. Me lembro muito de requisitar com finalidade de minha mãe – que era completamente contra eu alisar os fios – esticar todo meu cabelo, sem nenhuma onda sequer pra fazer o ótimo rabo de cavalo.

Eu parecia uma garota desesperada por um rabo de cavalo excelente, hoje eu vejo que devia ser alguma coisa muito potente dentro de mim para tentar pertencer, pra tentar me identificar com quem estava à minha volta. Até que aos dezenove eu fiz o que minha mãe me proibia, alisei. Daquele jeito sem forma, esticado e nada atraente, todavia pela primeira vez eu me senti pertencendo. Engraçado como digitar isto hoje chega a oferecer uma angústia no coração, visite o meu site , eu não conseguia visualizar o quanto meu cabelo era naturalmente gracioso.

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Eu não conseguia me distinguir com o cabelo com o qual eu nasci. “Quando eu alisei o cabelo eu só queria tirar fotos de cabelo solto, ainda que ele ficasse muito liso em alguns momentos, hoje não acho belo, pela época eu adorava”. Os anos se passaram, a moda do liso foi dando espaço para os cabelos menos quimicamente modificados e eu comecei a visualizar várias mulheres com cabelos cacheados, ondulados e crespos por todos os lugares.

Meu observar ampliou, meu coração preencheu e eu enfim comecei a acreditar que vivemos numa era onde uma mulher podes ser o que ela quiser, ou melhor, ter o cabelo que ela quiser. Eu venho modificando meu cabelo quimicamente há mais de 10 anos, porém se no início eu queria ele esticado para me sentir pertencendo, nos últimos anos eu fui mudando.

Fui deixando a paranoia e a neurose da perfeição de lado. Propaganda enganosa do Melan Free https://mulhervencedora.com/melan-free-reclame-aqui/ do perrengue da raiz e passei a fazer alterações mais suaves, menos agressivas e que deixam meu cabelo cheio, com volume e inclusive cacheado nas pontas quando eu finalizo pra tal. É animado visto que minha história não tem o final feliz politicamente exato, que diria com o objetivo de vocês que eu fiz a transição capilar e sou a cacheada mais feliz do mundo. Se pela minha infância o primeiro pretexto de eu não olhar beleza em mim foi meu cabelo, hoje aos trinta eu diria que a primeira coisa que eu intitularia como elegante no meu organismo é o meu cabelo.

Ainda com um método químico – que eu não defendo e nem ao menos demonizo – mas do meu jeitinho, do jeito que eu acho formoso. Bem tratado no salão por profissionais que entendem de fios e bem tratado em moradia, com os produtos e linhas de cabelo pós química da Bio Extratus. Quando eu fui deixando o alisamento muito abrasivo de lado fui podendo começar a revirar na cor e hoje não poderia estar mais satisfeita com cada detalhe dos meus fios. “Eu nunca gostei em tão alto grau do meu cabelo quanto hoje, eu cuido, trato e uso como eu quiser, sempre amando o volume e o permanente de escolhas que ele me oferece”.

Talvez um dia eu anime de fazer a alteração e me dê a chance de me olhar com o meu cabelo conforme ele veio ao mundo? Sim, é muito possível e eu mesma acho racionalmente que eu deveria. Contudo bem como acho que posso ter o cabelo que eu desejo ter, a tecnologia e os produtos estão ai pra investirmos em cuidados que permitam essa maleabilidade.

Eu sou mulher, sou feminista e acredito que posso ser o que quiser. Nunca adorei tal dos meus cabelos, nunca curti em tão alto grau de mim de uma maneira geral e nunca me senti tão naturalmente graciosa. Carioca solteira no Rio de Janeiro, libriana, viciada em produtos de cabelo, e blogueira do Futilidades. Fala principalmente de relacionamento, posicionamento e autoestima e pesquisa se ver cada vez mais com um assistir mais amoroso e acolhedor. Site .